"Sou uma mulher madura que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança, sou uma criança que atura."

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

10 coisas para 2010!

1) Paz, amor e saúde: Acho que, bem lá no fundo, isso é o que há de mais essencial. Ver quem a gente ama em paz e com saúde já garante boa parte da nossa felicidade, certo? Pois é. E que esse novo ano também venha cheio de amor, porque eu realmente estou precisando de alguém que me inspire e derreta o que há muito já virou gelo.

2) Menos preguiça: Quando se trata de mim, isso é essencial. Me livrar da preguiça, muito mais do que jogar fora um pecado capital, é conseguir fazer muitas coisas que não fiz por falta de disposição. É aproveitar mais a vida, né? Em 2010, xô preguiça!

3) Organizar melhor os meus horários: No dia em que eu tiver total controle da minha agenda, serei uma pessoa muito mais feliz. Preciso colocar limites nos momentos de lazer e definir o momento de estudar e fazer as demais tarefas. Só assim conseguirei fazer tudo que pretendo - o que não aconteceu esse ano.

4) Me disciplinar em relação aos estudos: Já passou da hora de levar a escola a sério e garantir uma boa prova no vestibular - que, diga-se de passagem, já não está tão longe assim. Acho que me comportar nas aulas, parar de conversar e estudar uma horinha por dia já ajudaria bastante!

5) Voltar pro Sopa e iniciar um novo blog: Sinto tanta saudade dos tempos em que o Sopa era como o filho que exige carinho e atenção... De qualquer forma, Sopinha, pretendo reviver nossos laços e torná-los ainda mais fortes do que antes, ok? Além disso, pretendo te dar um irmão! Um blog para falar de relacionamentos e, de modo geral, do universo feminino sob diferentes perspectivas. Quem sabe!

6) Economizar: Sei que sou econômica, mas pretendo me tornar ainda mais. Quero guardar dinheiro e me programar para que o verão de 2011 não seja como esse: sem dinheiro. Nada de ficar mendigando promoções de ingressos e coisa do gênero. Isso é de última, afinal.

7) Arriscar mais: Não que tenha perdido grandes oportunidades nesse ano, mas espero que eu tenha coragem para me arriscar ainda mais no ano que está por vir. Menos vergonha, menos pudor, menos limites e mais tempo sendo verdadeiramente feliz. Aquela velha história da liberdade nua, crua e temperada com pimenta!

8) Começar a decidir a profissão que pretendo seguir: Não dá mais para dizer que estou em dúvida entre Engenharia Mecânica, Engenharia Civil, Direito, Arquitetura, Jornalismo e Publicidade, né? Acham, no mínimo, que eu sou maluca.

9) Levar a academia a sério: Nada de preguiça e de malhar apenas nos dias primos, ok? Isso não tira barriga, não deixa a perna durinha e, o que é pior, não te enche de fofocas sobre os gatos do bairro. ;P

10) Acreditar mais no meu potencial: Investir em alguns pequenos projetos sem medo de que eles não consigam chegar aonde eu pretendo que cheguem. Se eu falhar, ao menos terei certeza de que tentei. E, além disso, a Nyta disse que assistiria o meu filme! HUAUAHA


***

Depois de mais de 3 meses longe do blog, um memê concebido a mim pela Jô, lá do Pequena, me faz voltar aqui. Ando meio sumida, né? É, eu sei. Agora que estou de férias, sobra-me o tempo, mas falta-me a inspiração, a vontade. Acho que muitos dos textos já não se encaixam no perfil que tracei para o Sopa. Vai entender...
Enfim, um feliz 2010 para todos! Muita paz, saúde, felicidades, amor e dinheiro no bolso, que também não faz mal a ninguém.

Beijos, beijos!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fastidiosa e prolixa

É incrível como algumas coisas passam despercebidas na correria do dia-a-dia, né? Às vezes me pergunto se a culpa é desse ritmo frenético em que nós vivemos ou se sou eu que não ando ligando muito para os detalhes que fazem das diferenças algo realmente importante.

Somos feitos de quem amamos. Por quanto tempo essa frase ficou no subnick do Peu, hein? Muito tempo. Não sei ao certo os números – estava ocupada demais prestando atenção no que não é detalhe -, mas isso não importa. O fato é que esse trechinho ficou por semanas, quiçá meses, me encarando e eu o deixei passar despercebido.

Hoje, no entanto, parei pra reparar nele. Minto. Eu fui obrigada a parar para reparar na vida, de um modo geral, e a frase veio só como conseqüência. E quem me obrigou a reparar foi você, pequena. Você e as suas palavras que, ao contrário das minhas, nunca são fastidiosas. Não para os meus olhos.

Foi lendo a sua carta e chorando um choro sincero que eu compreendi o quanto essa frase é verídica. Somos feitos de quem amamos e nada mais. Ossos, músculos e órgãos são só ossos, músculos e órgãos. Quem amamos, não. Quem amamos é que dá sustento, dá movimento e faz pulsar a vida.

De qualquer forma, permita-me, pequena, que eu seja um pouco mais prolixa e fastidiosa e comece pelo começo, que é como eu deveria ter feito. Prometo não te incomodar muito dessa vez, tá? Juro que não serão seis páginas de cansaço em forma de letras. Tá, sem mais justificativas, só queria ter começado assim:


“Oi, minha pequena moradora do asteróide B 612! Já li a sua carta, tá? Assim que cheguei em casa, esvaziei os bolsos e fui pro banheiro com as duas folhas de caderno em mãos – algo me dizia que eu iria querer lê-las longe dos olhares curiosos e dos questionamentos acerca do motivo do meu choro.

Droga, falei demais. Não era para eu ter mencionado a parte do choro ainda, mas deixa pra lá. Agora que você já sabe, não adianta fazer mistério: sim, pequena, eu chorei. Mas chorei um choro tão diferente que nem eu entendo, sabe? A garganta doeu, mas foi uma dor adocicada, com gostinho de quero mais, entende? Não, você não deve entender. Acho que ninguém entende o gosto de nostalgia com recheio de saudade e cobertura de admiração. Isso sem falar no confeito, que era de felicidade por poder ler palavras tão lindas vindas de uma pessoa ainda mais linda.

Foi um choro breve e incontrolável, pequena. Um choro que me fez rir e dizer bem baixinho: “Caramba, como ela é abestalhada!”. E então, depois do riso, eu peguei a carta e beijei, molhando-a com algumas lágrimas. Manchou, mas acho que foi bom. Marcou no papel o que tinha ficado marcado no coração.

Ah, o choro... Quem me dera poder chorá-lo de novo, Fona.

Te amo!”


É. Era assim que eu queria ter feito, Fona! Um texto bem curtinho só para que você soubesse como foi ler sua carta. Só para que você soubesse que seria a ela que eu iria recorrer quando estivesse triste e sem forças para escrever ou falar.

Acontece, porém, que, só para variar, eu nunca consigo escrever do jeito que eu quero. As palavras se desordenam e quando eu vejo, puff!, já está tudo fora do lugar. Fora do lugar e ocupado um lugar maior do que deveria, inclusive.

Mas às vezes isso até que é bom, sabia? Agora, por exemplo, eu acho que eu realmente precisava te dizer quantas coisas a sua carta me fez perceber. Lendo-a eu pude ter a certeza de que nós nunca nos tornamos eu e você apenas. Nunca deixei de ser nós para ser só Fernanda.

Você faz parte de mim, Rafaella. Parte da minha personalidade foi construída com a sua ajuda. Parte do meu caráter foi consumado com a sua ajuda. Parte de mim foi e ainda é você, Finha. E sabe por quê? Porque somos feito de quem amamos e nada mais. Enquanto isso for fato, e eu estou certa de que será sempre, tenha certeza de que eu nunca deixarei de ser nós para ser só Fernanda. Não, Fona. Isso seria impossível.


Ah, o choro... Quem me dera poder chorá-lo de novo.



Semana de provas. :\

domingo, 9 de agosto de 2009

Confissões, contestações e cafonices

Ainda ontem me perguntaram como você conseguiu me conquistar e fazer o tal encanto durar por mais de uma semana. “Faz tanto tempo que eu já nem lembro mais”, eu disse numa tentativa de parecer indiferente ao assunto. Eu estava mentindo, é claro: eu ainda lembro o que você fez pra me deixar à beira do derretimento total, mas é que lembrar as suas conquistas e anunciá-las em voz alta é perigoso demais para alguém como eu, que vive tentando enterrá-las só para esquecer que desde então ninguém conseguiu ir tão longe como você foi.
A verdade é que tudo que você fez foi me conquistar nos detalhes e, principalmente, nas contestações. Sim, você me contrariou até o último segundo da nossa vida. Não que estejamos mortos, é óbvio, mas é que uma vida nossa, de fato, já não existe mais – e pode acrescentar essa contestação à sua lista, afinal eu não desejei que acabasse assim, tão prematuramente.
A questão é que você me contrariava com uma freqüência que beirava o sempre, a começar pelo futebol. Você falava mal do meu time – que ainda está na segundona graças às suas pragas – e torcia justamente para aquele que eu mais odiava. Ou talvez nem odiasse tanto assim. Quero dizer, o que eu odiava mesmo era não ser contrariada, o que, consequentemente, me levava a odiá-lo só para pegar o atalho mais rápido até as contestações, que podiam ser feitas por ambas as partes nesse caso.
Você também rebatia as minhas piadas sem graça. Arqueava a sobrancelha e as declarava como “infames”, embora eu pudesse ver o rasgo de boca que lutava para não virar um riso discreto, quase que abafado. E como eu poderia esquecer das suas piadas? Você vivia fazendo-as – e olhe que elas eram quase tão deploráveis quanto as minhas – e achando um jeito de me contrariar mais uma vez, novamente, de novo: apesar de eu não achar a mínima graça nelas, você sempre arranjava um jeito de me fazer rir no instante seguinte só para não sair por baixo (não que me fazer rir fosse difícil, de qualquer forma, o que tornava tudo aquilo ainda mais desonesto).
Você criticava igualmente os meus trocadilhos, coisa que mais ninguém se atrevia a fazer. Aí, quando eu arregaçava as mangas, montava a base e me preparava para brigar até te convencer do quanto eles eram formidáveis, você ia lá e elogiava a minha inteligência e o meu humor sagaz/levemente temperado com pimenta. Tudo pra me contrariar, é claro. E eu, sempre boba, mesmo sabendo que os elogios eram de mentirinha, deixava. Abaixava os braços e esquecia os golpes de boxes (mal) aprendidos no colégio e na academia.
Além disso, você me deixava a vontade para fazer charme, teatrinho e doce (inclusive o doce de verdade, que eu comia sem ouvir nenhuma palavra que passasse perto de “engordar”), o que eu adorava. Sempre amei colocar todo o meu drama em ação, disparar dez ou vinte hipérboles e puder ter a certeza de que as minhas brincadeiras de interpretar durante a infância tinham valido a pena. Apesar disso, amava ainda mais ter que admitir que você sabia interpretar e fazer ceninha ainda melhor do que eu – o que acontecia logo depois da minha performance, só para me contrariar.
Você reconhecia quando eu estava de TPM e, apesar do medo de ser ignorado ou receber meia dúzia de palavrões e patadas, enchia a minha paciência até o limite máximo antes da explosão. Já disse que era tudo só pra contrariar? Pois é, era. Cada palavra, cada “não, eu discordo”, cada aborrecimentozinho. Tudo só pra me contrariar.
Outra coisa que você sabia reconhecer eram aqueles momentos em que tudo o que eu queria era um abraço apertado. E aí você me abraçava forte, me fazia um denguinho, sussurrava Não vá embora ou I’ll love you ‘till the end no meu ouvido e terminava os mimos com um “adivinha?” (coisa que nunca fez tanto sentido para alguém como fazia para a gente). E aí, quando eu não tinha condições emocionais para responder algo à altura sem desabar em lágrimas, você ia lá e falava da sua ex ou da bonitona do comercial de cerveja. Nem sei porque eu me estressava, porque bem lá no fundo eu sabia que era só para me contrariar...
Você falava mal das minhas músicas sem conteúdo, das minhas festas lotadas e cheias de suor, das minhas gírias sem sentido – o que eu sempre achei um grande mole. Eu ainda acredito, entretanto, que elas lhe arrancavam umas risadas quando eu virava de costas. Risadas que você não assumia por um único motivo. Adivinha qual? Parabéns, você acertou.
Você também adorava me chamar de fria depois de uma ou outra briga sem fundamento (o que acontecia com uma freqüência enorme e nós adorávamos). Já te disse que depois de um tempo eu deixei de ligar? Pois é, deixei. Eu sabia que era só para me contrariar, até porque você buscava o meu calor na hora de fazer as pazes. E ninguém mistura calor e frio assim, com tamanha facilidade. Ninguém exceto eu.
Você dizia e se contradizia, declarava e contestava, brigava e pedia desculpas, mordia e assoprava. Você me contrariou a cada segundo que compartilhamos, querido. Nenhuma contestação, porém, chegou aos pés da última e derradeira:
― Não vá embora – eu disse.
― Eu tenho que ir – você respondeu.

Deve ser por isso, talvez, que você me conquistou. Deve ser por isso que até hoje eu lembro, e tento esquecer, e superar, e lembrar, e esquecer novamente. Mulheres são assim, afinal: contrariadas e incoerentes dos pés ao coração.
Ah, o coração...


Física? Química? Matemática? Quem liga pra isso, afinal? Tirei o dia para responder os comentários, haha. :P

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Primeira Vez - Parte 1

― É isso – o rapaz suspirou e mexeu os ombros displicentemente. – Não posso demorar, de qualquer forma. Ela está me esperando para seguirmos até o aeroporto – o tom desprovido de qualquer remorso e as suaves depressões ao lado do sorriso surgiram para terminar de matá-la.
O rosto da mulher, antes tão corado, perdeu o seu rosa característico. Talvez fosse culpa do vinho tinto do sangue que já não lhe corria pelas veias quase tão estreitas quanto a garganta entrelaçada e ressequida.
Ela tentou falar, mas a voz já não saía. Queria implorar para que ele ficasse ou ainda para usufruir de cada pedaço da culpa por ter sido tão cruel consigo mesma ao provocar a sua própria desgraça – egocêntrica até em um momento desses. Desgraça essa, porém, que nunca se igualou ao sofrimento, agora já enterrado pelo passado, dele. Ela queria pedir uma última e derradeira chance para rir cada riso e chorar cada choro daquele que seria para sempre a sua melhor companhia. Chorar cada riso dele? Minto. Por mais que os motivos para chorar sempre tenham sido colecionados por ele, era ela que sempre contava com a solidariedade do amigo para dividir as suas tristezas egoístas.
― Uhun – o grunhido sofrido foi tudo que saiu da sua boca seca. Os pedidos de fique mais e o gosto amargo do adeus: tudo engolido mesmo antes de ser posto para fora. Aborto, dor, morte prematura.
E o que fazer quando falta a voz, o som? Em casos extremos, entregue-se ao silêncio, ao abismo sem fim das palavras vomitadas no mute. Foi o que ela fez: tornou-se mais uma refém quase que pacífica e finalmente se rendeu às palavras.
As lágrimas, há muito congeladas pela frieza do coração, ameaçaram derreter. Em tempos vindouros ela teria culpado o aquecimento global; sabia, contudo, que o nome do fenômeno da vez era outro: perda. Sim, a perda de quem se ama e o ganho de uma tonelada de arrependimentos para saborear aos pouquinhos. Ganho e perda, perda e ganho. A antítese perfeita que, ao misturar o gosto da falta com o tato desesperado para apanhar o resto de cheiro que ainda pairava pelo ar espaçado do aposento, virou sinestesia pura. Pena que a sinestesia não anestesia os corações partidos...
Procurou forças para se levantar e seguiu. Precisava urgentemente de algo cortante. Algo capaz de fazê-la sangrar e, paradoxalmente, estancar a dor empedrada. Apanhou o lápis mais afiado e iniciou o ritual que adiara por tanto tempo. Com a força de quem já sofreu por amor, perfurou calmamente o papel e, pouco a pouco, as palavras jorraram o que estava entalado.

"Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado."


Primeira parte de uma história inspirada no texto A Primeira Vez, da Tati Bernardi. Se o resto ficar legal, eu continuo postando aqui. (:
Enfim, tinha prometido voltar a postar e, eu sei, acabei sumindo de novo. A questão é que a inspiração anda faltando ultimamente, bem como o tempo. Quem sabe agora ela vem me fazer uma visitinha? :P
Observações:
1) Gabi, voltei porque vi seu recado, haha.
2) Alva, juro que ainda posto o seu texto, tá? É a BRUXA, parça!
3) Responderei os comentários das duas últimas postagens assim que tiver uma oportunidadezinha, ok? (:

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quem é vivo sempre aparece

Um mês e doze dias. Esse foi o tempo que passei longe daqui. Por preguiça ou por falta de tempo, a questão é que esse longo período sem postar me deixou com saudade. Muita saudade, diga-se de passagem.
Saudade essa que acabou se acentuando quando o meu livro de literatura e a Clarice Lispector resolveram me pregar uma peça. Acho que é coisa do destino, sabe? Afinal, o que mais faria com que eu abrisse o livro justamente na página 529? Logo na página que me deixaria cara a cara com a seguinte citação:

"Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas."

Pois é. Destino ou acaso, coincidência ou não, o fato é que eu voltei e que esse tempo que passei distante foi o suficiente para me fazer perceber que é difícil viver sem colocar para fora o que já não quer ficar lá dentro. Ou aqui dentro, na maioria das vezes.
Ah! Já ia me esquecendo. Antes do retorno oficial do Sopa, um recado para a Vanessa, a Gabi, a Erica e a Ma: a saudade de ler os textos é tão recíproca quanto poderia ser.
Enfim, acho que é só. Pelo menos por hoje, é claro.
Beijos, beijos. :*

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vivendo de rascunho

Esse texto tem por finalidade alertá-lo sobre a importância de tudo aquilo que, na maioria das vezes, você esquece de dar importância; não espante-se, portanto, se ao terminar de ler estiver, assim como eu, cheio de culpa. Sim, caro leitor, eu estou aqui para alertá-lo e, principalmente, me alertar: precisamos abrir os olhos para aquilo que já não enxergamos mais.


Sentada em frente ao computador e com as janelas e cortinas fechadas, finalmente podia dizer que estava em casa. Fazia tempo que não viajava por tantos dias, mas agora sabia o como era bom estar de volta. Sofia, a minha prima, brincava sobre a cama, mas eu já não conseguia ouvi-la. Estava dispersa demais para isso agora que os raios solares já não faziam os meus olhos arderem e os latidos do cachorro da vizinha já não me incomodavam. O dia passava pela janela, todavia eu não podia dizer se tinha cor de chocolate ou azul manchado de algodão doce. A verdade é que eu não tinha me dado o luxo de parar para observar os seus detalhes e me deliciar com os seus aromas e sabores. O motivo? Preguiça, acho. Talvez comodidade ou, quem sabe, ingratidão. O céu é sempre o céu, afinal. Ah, se eu soubesse quanta falta os detalhes fazem...
- Se o mundo terminasse amanhã, o que você faria? - Sofia, a minha prima de seis anos, perguntou e a sua voz doce interrompeu os meus devaneios.
Fui pega de surpresa, devo admitir. Entretanto, de nada adiantaria fingir que não havia entendido a pergunta. Apesar da pouca idade, ela tinha o dom de, com poucas palavras, me fazer pensar. Parabéns, pequena. Você conseguiu mais uma vez.
- Sei lá, pequena. Talvez faria tudo que eu nunca fiz. Pularia tudo o que não pulei, falaria o que jamais falei, diria cada 'eu te amo' que silenciei. Vai saber. Dançaria, correria, sairia. Conversaria com meus amigos e confessaria os meus segredos. Pediria perdão pelos meus erros para poder feliz. Enfim, viveria com a alegria de um sorriso e a intensidade e sinceridade de uma lágrima. - Concluí.
A pequena manteve-se em silêncio com alguns instantes e só então voltou a questionar:
- E o que te garante que ele não acabará amanhã?

Pauta para o PostIt!: E se o mundo terminasse amanhã?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os fins justificam...

O início da catástrofe. Professor de história, cético por natureza, temparamental. Ninguém podia negar, porém, que ele tinha coragem. Nunca se importou com as ameaças, sempre tão comuns nas escolas públicas do Brasil, e continuou dando as suas aulas com afinco - apesar de tudo, ele ensinava muito bem, sempre com exemplos práticos a atividades lúdicas.
- Livros abertos na página 159. Sobre a mesa. Agora.
Nunca fora dos mais gentis, mas no fundo os alunos sabiam que o jeito grosso era só para manter o respeito. Eles sabiam que se ele não o fizesse acabaria perdendo o controle da sala de aula e ficando à mercê dos próprios estudantes, sempre tão cheios de direitos e com os deveres tão vazios. Sim, eles sabiam. No entanto, nem todos compreendiam de fato.
O primeiro tempo seguiu como de costume. A aula era destinada aos pensadores absolutistas e ele, como um bom professor, fez questão de enfatizar cada teoria com exemplos do cotidiano. Embora não concordasse por completo, gostava de Maquiavel e admirava o seu posicionamento.
- Maquiavel dizia que os fins justificam os meios. - Ele disse a classe. - Para ele o importante era alcançar o objetivo em questão, independente dos meios utilizados para chegar até o mesmo. A verdade é que, em um mundo como o que nós vivemos hoje, as coisas têm que funcionar assim, de fato.
E assim o tempo foi passando. Uns prestando atenção, outros nem tanto. Todavia, no segundo tempo as coisas saíram do ritmo comum. Os ânimos se exaltaram no fundo da sala e um dos alunos acabou sendo expulso injustamente. Logo ele, que tinha prestado tanta atenção, nas teorias, em Maquiavel...


(...)


O professor chegou ao estacionamento deserto e foi direto à vaga que costumava ocupar. Contudo, ele não chegou a entrar no carro.
- Respeito e justiça são fins dignos, professor? - A voz do aluno injustiçado (e agora revoltado) fez-se audível, fazendo com que o historiador se virasse e encarasse os fatos.
Silêncio.
- Já que o senhor não responde, deixe que eu o faça: os fins justificam os meios e também justificarão o seu fim.
Pela primeira vez na vida o historiador já não concordava com aquela história. Um disparo. Pela primeira vez na vida o historiador viu a sua história ter um fim. O fim.

Pauta para o Blorkutando: "Os fins justificam os meios".
Nossa, finalmente a minha vida escolar tá mais calma. Voltarei a postar com frequência e tô indo responder os comentários das três últimas postagens. *-*
Falando em calma, sua ligação me acalmou e me deixou muito feliz, Love. Nem acreditei quando disseram que "a Joyci" queria falar comigo. Amo, amo, amo muito.
Beijos, beijos. :*

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sobre conceitos, teorias e abolições

Liberdade: 1. Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação. 2. Estado ou condição de homem livre.

Um confissão: já cometi inúmeros crimes e lutei milhares de vezes para conseguir me controlar. Sim, eu já fui uma crimonosa e me culpei por vários atos, inclusive os que não cheguei a cometer. Já me tranquei no quarto e iniciei o julgamento, já fui o réu e o juíz dos meus próprios crimes e, nessa de brincar de tribunal, acabei me declarando culpada e por diversas vezes me mandei para a cadeira elétrica. Sobrevivi com louvor e fui mais cautelosa no julgamento seguinte: apenas me condenei e fui prisioneira dos meus próprios (pre)conceitos: o que pensariam de mim, afinal? Ou, ainda pior do que isso, o que eu pensaria de mim? Ah, a cadeira elétrica... Talvez fosse mais fácil enfrentá-la de uma vez por todas.
Talvez até fosse mesmo. Todavia, devo admitir que sou feliz por ter cumprido a minha sentença. Hoje eu sou livre e desfruto todo o prazer da minha liberdade. Mas liberdade mesmo, sem clichês e hipocrisias, complexa, abstrata e particular. Foi preciso que os meus conceitos me prendessem para que eu pudesse compreender que o juíz é só um impostor cheio de falsos moralismos. Tudo o que ele queria era me anular, me deixar parada no tempo e fechar os meus olhos para a essência descomportada da vida.
Hoje sou livre, sim. Vivo a minha verdadeira liberdade, sempre sincera e despida de máscaras, quase que mal educada. Liberdade essa que não poupa energia e deixa a minha luz natural brilhar em meio a multidão escura e ecônomica, sempre fazendo pela metade. Liberdade que fertiliza a terra onde nasce a ousadia, a criatividade e os seus saborosos frutos, contudo nem por isso julga a falta deles. Liberdade que me torna livre para ser eu: nua e crua, mas com bastante tempero e pimenta, que é para dar gosto.

É só libertar que voa.

Pauta para o PostIt! ;]
Mil comentários atrasados e uma vontade enorme de voltar a postar com mais frequência aqui. Amanhã respondo todos, ok? Saudade disso aqui. ~:

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Caminho em frente pra sentir saudade

Andava distraída quando a embalegem roxa e metalizada brilhou sobre a prateleira do mercado despertando a minha atenção. Aquela cor, aquela letra, aquele pacote. Tudo era familiar para mim. Sim, eu sabia que era. Porém, onde havia visto? Revirei as lembranças tentando encontrar qualquer registro que pudesse me fornecer alguma informação, mas não encontrei nada.
Ei, pera aí! Esse não era aquele doce que eu vivia comendo quando tinha uns cinco ou seis anos? Não era embalagem que fazia meus olhinhos brilharem toda vez que voltava da escola e passava pela padaria? Sim, era ela. Aquele havia sido o sabor da minha infância.
E o mais incrível é que eu quase esqueci o quanto era saboroso sentir saudade.



Post super fajuto. Cadê a inspiração que tava aqui? O gato comeu.
Devolva, gato feio, hm! u.u

terça-feira, 19 de maio de 2009

Bulimia

Naúseas. Sinto o meu estômago se revirar e um gosto amargo tomar a minha boca seca. Respiro fundo. Mas... cadê o ar? Enfio o dedo guela abaixo tentando colocar para fora tudo aquilo que está me fazendo mal, me deixando enjoada. Nada. Tento uma, duas, três vezes. Parece estar grudado, preso a mim. Será que não sou forte o bastante para, simplesmente, pôr para fora tudo que tem que ser posto? Será que não sou capaz de mandar para o esgoto tudo que deveria estar lá agora? Concluo que não. Insisto. Molhada de suor, sinto as minhas pernas ameaçarem ceder. O que um dia me alimentou, hoje me corrói e precisa urgentemente ser expelido.

É, acho que estava estragado. Ou, quem sabe, nunca esteve bom.
Talvez, ter bulimia de vez em quando não seja tão ruim assim.

domingo, 17 de maio de 2009

Just think about it

Joguei fora a salada do almoço.




Reclamei da água que não estava gelada o bastante.





Comprei um par de Manolo Blahnik.




Resmunguei após ter sido acordada às seis para ir à escola.




Escolhi o melhor e mais cheiroso perfume importado.






Fiquei com as costas doendo após cochilar no sofá.




Queria morar em um triplex com piscina.




Quero tudo. Eles, só atenção.




sexta-feira, 15 de maio de 2009

Museu de grandes novidades

Cato os registros, as lembranças e as provas do crime imperfeito que ninguém desvendou. Cápsulas dos disparos que um dia me atingiram batem na madeira seca e ecoam em meus ouvidos. Embalagens das balas que um dia adoçaram a minha boca agora enfeitam o fundo do baú e assombram os meus olhos. Junto o sumo, os detalhes se perdem. Eu me perco. Me perco entre memórias e confissões jamais confessadas. Acordo assombrada no meio da noite e aperto os meus olhos tentando enxergar um pouco além da claridade que já não existe mais. Revolta, culpa. Deixo que o remorso me domine enquanto não domino essa minha eterna mania de insistir nesse grande erro que é me agarrar ao passado.

Eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para.
Ou para?



Final de semana: demorou, mas chegou. A propósito, alguém tem uma sugestão de fantasia simples e que dê para fazer em casa? :)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Gêmeas bivitelinas

Lembro-me da minha infância e das incontáveis horas que passei vidrada na TV e nos seus inúmeros desenhos animados. Adorava "O Fantástico Mundo de Bob" e "Doug", mas eram naquelas animações com as típicas temáticas de luta entre o bem e o mal que eu procurava pelos personagens que viria a transformar nas minhas heroínas ou nos meus heróis prediletos.
Contudo, devo admitir que não era fácil encontrar um herói à altura, não. Era uma tarefa árdua, que me fazia perder horas em horas em um difícil e duradouro processo de seleção. Como nunca encontrava um personagem que atendesse a todos os requisitos, então acabava diminuindo as exigências e ficando com as opções meia boca.
A verdade é que o meu lado feminista buscava por uma mulher ousada, forte e destemida. Uma heroína que não tivesse medo de ser feliz nem da opinião de terceiros, que conseguisse carregar nas costas o maior dentre todos os pesos só para salvar o mundo e as pessoas ao seu redor e ainda achasse tempo e disposição para resolver os próprios problemas. Queria alguém com os poderes mais extraordinários e, ao mesmo tempo, com as características mais ordinárias: amor, impaciência, carinho, generosidade, estresse... Enfim, queria que qualidades e defeitos nas proporções perfeitas reagissem e, como em uma reação química, resultassem em alguém que poderia admirar e dizer: "Nossa, ela é minha heroína".
Hoje sei que todo o tempo que gastei em frente a TV em nada adiantou. Acabei encontrando a heroína com todas as qualidades e defeitos que procurava aqui, dentro de casa: minha gêmea bivitelina, minha gêmea fraterna.
Como não poderia deixar de ser, nascemos no mesmo dia: uma grande e uma pequena, uma mais velha e uma mais nova, uma forte e uma frágil, uma heroína e uma admiradora, um adulto e um bebê, uma mãe e uma filha. Tão diferentes e tão iguais. Ah, como eu lamento ter levado tanto tempo para descobrir que tudo eu sempre quis ser, tudo que existe de mais extraordinário no mundo, mora no quarto ao lado.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

13 de maio: Abolição da Escravatura

Meias verdades, mentiras inteiras, suposta liberdade, concreta ilusão.
"Os assassinos estão livres, nós não estamos."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Como uma onda no mar (vermelho)

- Mãe, você continua se impressionando mesmo após todos esses anos? - A voz aguda da menina quebrou o silêncio que até alguns minutos atrás tomava conta do quarto.
- Ahn?
Raramente as duas se entendiam de primeira. O Q.I. acima da média da filha já havia sido diagnosticado há muito, mas ainda era complicado para a mãe lidar e se acostumar com a ideia de ter uma pequena gênia, sempre tão precoce, dentro de casa.
- Esse processo pelo qual nós passamos, mãe. De dentro para fora, você sabe, quase como uma explosão. Sempre intenso como o sangue que corre em nossas veias e por muitas vezes doloroso. Capaz de nos deixar tristes, sensíveis, carentes, irritados ou, simplesmente, indiferentes. O bom é que até mesmo a dor é sinal de saúde nesse caso, não? Sinal de normalidade. Já a indiferença, essa ocorre sempre que deixamos esse fantástico fenômeno passar despercebido. No final, porém, sempre somos pegos de surpresa e aí já é tarde demais para nos precavermos e só nos resta agir e seguir em frente.
A menina parou de falar por alguns instantes e, enquanto retomava o fôlego que perdera, se perdeu nos próprios devaneios. Subitamente, pareceu despertar de um sono profundo alguns segundos depois e prosseguiu:
- Algumas vezes até chega a deixar aquele gosto de falta na nossa boca, mas, no final, sempre acaba vazando da gente. Você entende, né? Claro que entende.
A mãe permaneceu em silêncio. O seu olhar desnorteado, contudo, deixou tudo tão claro quanto poderia: ela não estava entendendo nada.
- E o que mais me impressiona é que, segundo os livros que li e opiniões que ouvi, na maioria das vezes começa irregular, desorganizada. - A menina continuou, ignorando as expressões da mãe. - E, apesar da pouca experiência, eu concordo com essa primeira parte após tê-la aprendido na prática. A outra, entretanto, já não sei. De qualquer forma, dizem que, à medida que o tempo vai passando, você vai se acostumando e quando percebe já é até possível fazer algum tipo de planejamento, desde que exista uma regularidade, uma rot...
- Ah, meu amor! Nem acredito que a minha menina virou uma mocinha! - Interrompeu antes que a garota pudesse concluir o que quer que fosse. - Não precisava dar tantas voltas só para me contar que ficou menstruada, meu anjo.
- Ahn? - Era a filha quem não entendia dessa vez. - Eu só estava falando da vida, mãe. Da vida...

Ficou horrível, eu sei. O objetivo era a ambiguidade, mas nem sei se deu muito certo. Enfim, tô MORRENDO de sono. Fui inventar de tomar um remédio para a gripe e tô me sentindo dopada. Nem sei como tô conseguindo escrever.

sábado, 9 de maio de 2009

Selinhos e memê (:

Hoje tinha festa à fantasia, mas acabei nem indo. Não tinha carona e ainda tava meio desempolgada. De qualquer forma, não é para falar sobre a monotonia do meu sábado à noite que estou aqui.
Finalmente postarei o meme e os selinhos que ganhei e ainda não tinha postado (aêaêaê). O primeiro deles foi um presente da Carol, lá do
Carpe Diem. Aí vão as regras:
- Vá à pasta de fotos do seu computador
- Vá à sexta foto da pasta de fotos do seu computador
- Coloque essa foto no blog e escreve alguma coisa sobre a mesma
- Convide 6 amigos para participarem e fazerem o mesmo


Foto tirada em Inema - uma praia privativa do exército - no dia do churrasco de despedida do nono ano. A série toda se reuniu e foi uma verdadeira comédia, com direito a festa no ônibus e tudo o mais. Isso sem falar no lugar, que é um verdadeiro paraíso. Da esquerda para a direita: Lila, eu, Line, Carol e Kinha, mas pode chamar de melhores. ;)
Repasso para a
Dani, a Flor, a Daninha, a Ma, a Lary e a Debbys. Faz quem gosta, claro. É só um presente.


O outro selinho foi um presente da e aí vai:

Regras: 1. Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar
2. Poste o link do blog que te indicou.
3. Indique 10 blogs de sua preferência.
4. Avise seus indicados.
5. Publique as regras.
6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7. Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação.
Indicados:
1.
http://deliriosdeumamenteinconstante.blogspot.com/

2. http://gabizinhacastro.blogspot.com/

3. http://yas.carly.zip.net/

4. http://confissoesdamadrugada.blogspot.com/

5. http://ericaferro.blogspot.com/

6. http://onlyprivileged.blogspot.com/

7. http://debbyslm.blogspot.com/

8. http://contosdeuma.blogspot.com/

9. http://menosummaisum.blogspot.com/

10. http://lahnyc.blogspot.com/

Devo admitir que fiquei com preguiça de mandar o e-mail, mas abafa. :x

O outro selinho, Seu blog é muuito LOKO, foi dado pela Debbys e pela Daninha.

- Indique suas 5 músicas preferidas (o nome da música e de quem canta).
- Indique as 5 pessoas mais loucas que fazem parte da sua vida.
- Indique 5 blogs que você acha que merecem esse selo.
- Avise os presenteados.






Citar cinco músicas preferidas é bem difícil, porque depende muito do dia e do meu estado emocional. De qualquer forma, aí vai o top 5 que se aplicaria ao dia de hoje:

1. Love you 'till the end - The Pongues

2. Não vá embora - Marisa Monte

3. Vilarejo - Marisa Monte

4. Não me deixe só - Vanessa da Mata e Charlie Brown Jr.

5. Só por ti - Banda Eva


1. Minha mãe
2. Binha
3. Line
4. Kinha
5. Larinha

http://subentendido-flor.blogspot.com/

http://ma-soares.blogspot.com/

http://myfantasticdreams.blogspot.com/

http://bem-caprichado.blogspot.com/

http://ericaferro.blogspot.com/

A Debbys ainda deu outro presente, o selinho Esse Blog Merece uma Espiadinha.
Regras:
-Dizer o blog que te indicou logo abaixo do selo.
-4 coisas que você mais gosta: Cor, Animal, Comida, Bebida.
-2 defeitos e 2 qualidades suas.
-Indicar 6 blogs para passar o selo e avisá-los.



  1. Vermelho;

  2. Cachorro;

  3. Camarão e chocolate;

  4. Água e suco de maracujá.



  1. Dramática e enrolada;

  2. Animada e companheira.


Acrescentaria "sincera", mas entraria como qualidade e defeito, então deixei para lá.

Só falta mais um agora! Esse foi presente da Debbys e da Flor.
1-A pessoa selecionada deve fazer uma lista com oito coisas que gostaria de fazer antes de morrer.

2 - É necessário que se faça uma postagem relacionando estas oito coisas, não importando o que seja, é necessário que a pessoa explique as regras do jogo.

3 – Ao finalizar deve convidar oito parceiros de blogs.

4 – E finalmente, deixar se possível um comentário para quem o convidou e informar os convidados.

  1. Curtir muito a minha juventude, com direito a sair em todos os blocos e ir a todas as festas que me agradem;
  2. Passar na USP, UNICAMP ou no ITA (é, eu sei que é impossível para mim) e me formar com sucesso (ou seja: receber uma boa proposta de emprego, o que se resume em dinheiro);
  3. Encontrar os amores da minha vida, podendo descobrir e descobrir novamente o tal gosto sincero de amor;
  4. Ter o meu próprio apartamento, o meu próprio carro e a minha própria vida. Não depender dos meus pais e, principalmente, do meu futuro marido;
  5. Viajar, viajar e viajar um pouco mais. Conhecer, ao lado dos meus dois filhos, o Brasil e todos os lugares que eu julgar charmosos o bastante;
  6. Cursar Letras ou Jornalismo por prazer, virar colunista de alguma revista e escrever um livro de ficção;
  7. Conseguir uma aposentadoria gorda e um corpo sarado e magro;
  8. Comprar uma casinha em frente ao mar para os meus pais e os meus avós e outra para mim, onde eu convidarei as grandes amigas para um chá da tarde e contarei aos meus netinhos todas as travessuras e resenhas de quando eu era jovem.

Acho que .

Beijo, gente. E obrigada a todos que sugeriram fantasias! Acabei nem indo, acredita? ¬¬

sexta-feira, 8 de maio de 2009


Olhei pela janela e pude ver o sol brilhando por detrás da vidraça e uma gaivota voando no céu tranquilo e sem nuvens. À primeira vista, achei que ela estava perdida, mas logo percebi que ela só estava livre. Às vezes a liberdade assusta, não? Espanta e te deixa feito uma criança que se perdeu da mãe e só quer voltar para casa.
Fui arrancada dos meus devaneios pelo barulho estridente da campanhia, o presságio imperfeito do que estava por vir. Era ele. Abri a porta e deixei que aquela imagem inundasse os meus olhos: a mala abarrotada de roupas e lembranças empacotadas às pressas deixava a sua face pálida ainda mais melancólica, quase como um poema inacabado a ser decifrado pela metade.
Gesticulei em direção a sala e só então ele entrou. Em dias normais ele não teria esperado pelo quase convite, pois sabia melhor do que ninguém que estava em casa. Agora, porém, a situação havia mudado. Ele estava de partida e ia se mudar para um lugar que oscilava entre o Até Nunca Mais e o Quem Sabe um Dia. Não disse, mas eu sabia que não voltaríamos a nos ver tão cedo. Já podia começar a sentir a saudade correndo nas minhas veias e foi o que fiz: saboreei a obscuridão da falta.
A verdade é que ele era um grande amigo, quase um irmão. Era? Que grande engano! Usar o pretérito ao falar dele era mentir para mim mesma: ele continuava sendo e eu sabia muito bem que seria para sempre. O que seria de mim agora? Quem iria me apoiar, me ouvir, me fazer rir? Queria gritar à plenos pulmões e depois xingá-lo por estar fazendo aquilo comigo. Se eu fizesse isso ele mudaria a sua decisão? Podia proibí-lo, prendê-lo, mas fui desarmada da maneira mais cruel: a pacífica, quase serena.
- Você nunca poderá me prender ou mandar no meu corpo, irmã. - Só então percebi o quanto sentiria falta do modo como ele me chamava. - A minha alma, entretanto, sempre caminhou ao seu lado e isso não mudará nunca. Lembre-se de mim como um anjo que você não vê, mas pode sentir.
Então, pela primeira vez naquela manhã, eu sorri. Já não sentia mais vontade de aprisioná-lo. Pelo contrário, agora queria libertá-lo de uma vez por todas. Voa, amigo. Voa, irmão. Voa e volta quando quiser. Abracei-o com força pela última vez e o acompanhei até o hall de entrada. Permiti que passasse pela porta aberta e não a fechei mais naquela manhã. Deixei-a escancarada, pois era assim que a porta ficaria para ele: aberta.
Respirei fundo e fechei os olhos por alguns instantes. Decidi que não choraria pela liberdade desnorteada da gaivota. Falando nela, olhei pela janela e vi que a mesma ainda planava lá fora, assim como o sol, que continuava a brilhar e a aquecer os corações gelados. E era isso que me confortava: não importa quão fria e escura esteja a noite, o sol jamais irá te abandonar. Basta apenas que espere pela manhã e veja-o nascer mais forte e belo do que nunca.
Ah, ele volta. Sempre volta.




"Depois de um tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar a alma." (Shakespeare)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Confissões à ninguém

Ameaço explodir: a pressão é muita, as confissões são tantas e é ao me confessar para um alguém sem rosto e sem nome que eu me descubro. Me descubro e me cubro de sonhos, me perco entre os meus fantasmas translúcidos e me acho em uma Fernanda completamente opaca. Mas será que é mesmo seguro me confessar agora que o sol se foi? Tantos pecados calados, tanta saudade escondida, tantas explosões proibidas... Não sei. Tudo o que sei é que agora machuca. Vejo os meus pedaços pelo chão e tropeço em mim mesma. Tudo o que sei é que agora fere. Corto o pé, a mão, o peito. Sangro, vazo, extravaso, morro. Tudo o que sei é que agora dói. Dói sentir falta de rostos desconhecidos, das vozes jamais escutadas, dos sabores que nunca foram sentidos. Gosto amargo de amor, gosto açucarado de vida, gosto de tudo que ainda virá.
Virá?

E é por isso que eu amo tanto esse mundo: existem aqueles blogs que simplesmente me desvendam quando nem eu mesma posso me desvendar.

domingo, 3 de maio de 2009

Sobra tanta falta


O céu estava exatamente igual ao meu estado emocional: cinzento, instável e prestes a desaguar. Abri a janela recoberta de poeira na esperança de que a brisa morna da noite pudesse tomar o cômodo e acabar com o incômodo da minha mente. Em vão: o gelo que envolvia o meu coração desde o inverno passado continuou intacto e a minha alma continuou a se debater, agonizando de saudade.
Escancarei as portas e janelas, mas o sabor de asfixia continuou a deixar a minha boca quase tão amarga quanto as promessas, dúvidas e dívidas deixadas por você. Desisti. Fui até o jardim e pude ver a primeira gota de chuva cair e tocar com leveza a minha face. Não demorou muito e aquela gotinha foi seguida por outra e mais outra e mais outra. Estava completamente molhada e finalmente podia sentir o vento gélido tocando o meu corpo, porém não sentia frio. Pelo contrário: pela primeira vez em muitos meses estava me sentindo viva. Foi preciso que o céu desabasse em água para que eu desabafasse em lágrimas.
Lágrimas doces, lágrimas salgadas, lágrimas puras, tristes e felizes. Lágrimas. Simplesmente chorei e esqueci de me culpar pelo sorriso que estampava o meu rosto úmido. Desde quando o amor é racional, afinal? Senti cada músculo doer, senti a falta bater. Falta das conversas no meio da noite, das risadas sonolentas durante as madrugadas do final de semana, dos conselhos, das brincadeiras e dos ciúmes bobos... Falta de tudo e de você todo.
Abri os olhos e acordei bem a tempo de ver uma flor multicolorida desabrochar, virar borboleta e voar. Voou, voou, voou. Subiu, subiu, subiu. Subiu tanto que virou estrela, brilhou tanto que virou o anjo que de lá de cima olha por mim.
Acordei bem a tempo de ver que aquilo não era um sonho.

Metade de mim te ama, e a outra metade também. E assim sigo aos pedaços sentindo a sua falta por inteiro.

R.H.C.
Ia colocar o clipe de "O Anjo Mais Velho", mas só tinha vídeos de namorados e tudo o mais. Enfim, mais um texto escrito em uma madrugada chuvosa e saudosa e iluminado pela fraca luz do celular.

sábado, 2 de maio de 2009

Não provoque!

Chegara da farra às cinco da manhã, mas às (quase) sete e ponto já estava saindo de casa. Com toda a habilidade do mundo, enfrentou o trânsito enlouquecedor e conseguiu chegar ao trabalho sem sofrer nenhuma lesão física ou moral - embora não tenha escapado da visão do mal educado dedo do meio do idiota do carro preto. Seu chefe tratou de tornar o seu dia ainda mais cansativo enchendo-lhe a paciência para que adiantasse aquela papelada que estava atrasada há séculos e que nenhum incompetente havia conseguido por em dia até então. Fez o que lhe cabia e às doze pôde sair para almoçar. Pôde, mas não foi. Prefiriu ir à academia para manter o corpo sarado e musculoso que chamava tanta atenção. Pegou no pesado. Vários quilos no supino e mais vários no leg horizontal. Agora restavam-lhe 30 minutos para retornar ao escritório. Correu e conseguiu. Chegou bem a tempo de ver o seu chefe agradecer pelos relatórios feitos com uma maestria incomparável. Esperou ansiosamente pelas seis da tarde - que custaram a chegar, mas chegaram - e voltou a enfrentar o trânsito. Dessa vez, porém, estava com ainda mais pressa, pois tinha que assistir ao jogo de futebol do filho. Chegou a tempo de xingar o juíz pelo impedimento que não aconteceu, mas mesmo assim foi marcado, e vibrou com o gol que garantiu a vitória. Ao chegar em casa, o cansaço tomava conta do seu corpo, mas não iria conseguir impedir a reunião para o bom e velho chopp da sexta-feira. Cuidou do filho, botou ordem na casa, tomou um banho demorado e então veio a surpresa: tanta força e competência se escondiam atrás de vestidos, saltos e cor de rosa. CHOQUE!
Sexo frágil uma pinóia.


Não gostei muito, mas postei porque o Peu disse que imaginou um homem realizando as tarefas, haha.
Enfim, quero agradecer pelos selinhos que ganhei. *-*

Prêmio Lemniscata, que foi um presentinho da Debbys (http://debbyslm.blogspot.com/) e tem as seguintes regras:
1. O premiado deverá expor o selo no seu blog e atribuí-lo a 7 outros blogs que considere merecedores;
2. O premiado deverá responder à seguinte pergunta: O que significa para ti ser um Homo sapiens?
Começarei respondendo a pergunta, ok? Enfim, na minha opinião, ser um Homo Sapiens representa muitas coisas, mas a principal delas é a liberdade. Ser um Homo Sapiens é poder ser livre para batalhar pelos seus sonhos, ser livre para amar e sofrer e, principalmente, ser livre para se expressar do jeito que preferir. Em suma: ser um Homo Sapiens é poder viver no sentido mais amplo da palavra.

Seu blog é ROXIE!, que foi um presente do Jean (http://confissoesdamadrugada.blogspot.com/) e da Má (http://thenaturezamorta.blogspot.com/). Ai vão as regras:
- Exibir a imagem do selo "Seu blog é ROXIE!" e escrever as regras abaixo dele;
- Colocar quem te deu o selo nos seus blogs indicados (amigos);
- Escrever 5 coisas que são ROXIE (1- sobre música, 2- sobre televisão e cinema, 3- três países que sonha em conhecer, 4- três cores favoritas, 5- três hobbies);
- Indicar 10 blogs que você ache ROXIE;
- Avise a pessoa que você indicou deixando um comentário para ela.

Cinco coisas que considero ROXIE:

  • A voz de Marisa Monte é ROXIE e me faz bem;
  • Assistir ao Conde de Monte Cristo é muito mais divertido com os amigos, como fiz na quarta;
  • Brasil (conhecer literalmente, se é que me entendem), Paris e Inglaterra;
  • Preto, branco e vermelho;
  • Não tenho hobbies muito definidos, mas no geral gosto de escrever, dançar e de falar, falar e falar mais um pouco.

Troféu do Amigo, que é destinado àqueles blogs que são extremamente charmosos. Esses blogueiros têm o objetivo de se achar e serem amigos. Eles não estão interessados em se auto promover. Nossa esperança é que, quando os laços desse troféu forem cortados, ainda mais amizades tenham sido propagadas. O selo deve ser entregue a oito blogueiros (as) que devem escolher mais oito blogueiros (as) e assim por diante. Vale lembrar que as regras e o objetivo do Troféu devem ser expostos junto ao selo. Enfim, foi um presente do Jean (http://confissoesdamadrugada.blogspot.com/), d'A Menininha (http://intimoepessoalblog.blogspot.com/) e da Sofia (http://pirulito-no-palito.blogspot.com/).

Esse blog VALE OURO, mais um presente da Sofia (http://pirulito-no-palito.blogspot.com/). Ai vão as regras:

  1. Colocar o link de quem te indicou pro meme;
  2. Escrever estas cinco regras antes do seu meme para deixar a brincadeira mais clara;
  3. Contar seis fatos aleatórios sobre você;
  4. Indicar seis blogueiros para continuar a brincadeira;
  5. Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

Seis fatos aleatórios sobre a minha pessoa:

  1. Minhas matérias prediletas são redação e física (tudo a ver, eu sei), por isso fico dividida entre engenharia e jornalismo. Por via das dúvidas, acabo praticando os dois lados (ou não);
  2. Atualmente não pratico esporte algum, mas me empolgo horrores vendo jogos de vôlei - principalmente os da seleção masculina - e bate uma saudade enorme dos tempos em que eu jogava na seleção do colégio (não que eu tenha vencido muitos jogos, mas enfim...);
  3. Admiro e sempre admirarei o Ricardinho, levantador que jogava na seleção brasileira. Inclusive, minha camisa, assim como a dele, era a de número 17 e eu também era levantadora;
  4. Me chamam de exagerada, mas eu acho que quem exagera na afirmação são eles. Apenas torno a história um pouquinho mais dramática, hm. Falando em história, penso em escrever um e-book;
  5. Tinha um outro blog antes desse, mas esse primeiro só chegou a receber duas postagens, que acabaram sendo importadas para cá. O motivo? Bom, o nome "sopa de entrelinhas", que surgiu no meio de uma conversa com o Leopoldo, me inspirou muito;
  6. Já acreditei em magia, varinhas mágicas e tudo o mais que aparece nas histórias de Harry Potter. Para ser sincera, achava que o lema de Hogwarts ("Nunca cutuque um dragão adormecido") era, na verdade, uma ameaça da J.K. para que deixássemos o seu lado bruxo (e escondido) em paz. Sim, eu acho que colocavam extrato de maconha no meu mingau quando eu era guria.

Aah! Adorei responder esse meme. Na verdade, acho que gosto de falar sobre fatos aleatórios. Só falar é bom. *-* Enfim, ia indicar apenas 10 pessoas para todos os selos, mas só que acho injusto dar quatro selos de vez para poucas pessoas, sendo que tem tanta gente que merece ganhar. Sendo assim, indico todos os selos para aqueles que me presentearam [a Menininha (http://intimoepessoalblog.blogspot.com/), a Sofia (http://pirulito-no-palito.blogspot.com/), a Má (http://thenaturezamorta.blogspot.com/), o Jean (http://confissoesdamadrugada.blogspot.com/) e para a Debbys (http://debbyslm.blogspot.com/)] e deixo o "Esse blog VALE OURO" para todos que comentarem e quiserem responder ao meme e seguir com a brincadeira. Já o "Troféu Amigo", este eu não indicarei novamente porque já havia indicado as oito pessoas em questão.

Indicados para o "Seu blog é ROXIE!":

1. Debbys Melo (http://debbyslm.blogspot.com/)
2. Ma (http://ma-soares.blogspot.com/)
3. Dani (http://daneandrioli.blogspot.com/)
4. Jô (http://pequenapraquemve.blogspot.com/)
5. Sofia (http://pirulito-no-palito.blogspot.com/)
6. Erica Ferro (http://ericaferro.blogspot.com/)
7. Yasmin (http://yas.carly.zip.net/)
8. Jéssica (http://menosummaisum.blogspot.com/)
9. Dressa (http://essencefromfreedom.blogspot.com/)
10. Lah (http://lahnyc.blogspot.com/)

Indicados para o "Prêmio Lemniscata":

Ufa! É isso, gente. O post ficou enooorme, mas é por causa dos selinhos mesmo. Beijo :*

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O grande encontro



Ela já estava acordada e começava a se aprontar para a sua primeira sessão de fotos, pois, por pura sorte, havia conseguido um convite para trabalhar como modelo fotográfica após ter sido descoberta por um olheiro enquanto comprava pão. No apartamento vizinho, porém, ele havia acabado de acordar e estava atrasado para a primeira entrevista de emprego decente que havia conseguido em toda a sua vida.
Ela gastou meia hora em um relaxante banho quente, cantarolando e sorrindo cada vez que pensava em como a sua vida estava maravilhosa ultimamente - aquele trevo de quatro folhas estava mesmo lhe dando sorte! Ele, contudo, fez a tardia descoberta de que a resistência do chuveiro elétrico estava queimada e acabou tomando banho frio em uma das manhãs mais geladas do ano. Definitivamente, hoje não era seu dia de sorte.
Ela sabia que ainda tinha tempo de sobra e poderia esperar mais duas ou três horas antes de sair de casa, mas preferiu adiantar-se e usufruir do prazeroso ócio que seria aguardar por um fotógrafo profissional. Que sorte a dela! Ele, entretanto, não tinha outra opção a não ser sair já e correr - correr muito - para, quem sabe, chegar a tempo. Que azar o dele!
Ele e ela, o azarado e a sortuda, o azar e a sorte. Não demorou muito e o encontro aconteceu ainda no elevador. Cara a cara, eles se encararam, se desmascararam e só então se compreenderam: eram duas faces da mesma moeda, eram duas metades que formavam um inteiro, eram dois extremos da vida.
(...)
Nunca descobriram se foi o azar dele ou a sorte dela que fez com que os dois ficassem presos naquele elevador e acabassem perdendo os seus respectivos compromissos. O fato é que saíram de lá de mãos dadas e assim seguiram por toda a vida: foi preciso que ficassem lado a lado para que descobrissem que nunca estiveram separados.
Hoje ela está desempregada e ele é dono de uma grande empresa. Amanhã, porém, o mundo vai girar e, só talvez, as coisas mudem.

Sorte: pseudônimo de esforço; azar: pseudônimo de preguiça; sorte e azar: dois estados passageiros de uma vida mais passageira ainda.

Pauta para o Blorkutando: Sorte - você acredita?

sábado, 25 de abril de 2009

Tic tac, tic tac, tic tac


O gosto da lágrima presa ainda está na garganta seca. E dói.

Às três da tarde ela viu o dia escurecer e o céu se cobrir com o seu manto negro e aveludado. Resolveu se sentar para não cair, porque os seus pés já não a obedeciam. Sentou-se na cama e, com o livro aberto em mãos, observou as páginas pararem para ver o mês passar preguiçosamente - mas ele não passou e Maio, tadinho, ficou a esperar. Finalmente o ponteiro menor do relógio apontou para o número seis e anunciou a chegada das dezoito horas e dos seus incontáveis segundos que, antes tão apressados, haviam resolvido fazer greve justamente hoje.
O céu tornou-se ainda mais escuro, só que agora ela já não se importava mais. Não podia vê-lo, de qualquer forma. A escuridão havia deixado-a cega - e a perda de um sentido pode aguçar os outros. Desistiu de esperar e de tentar em vão. Fechou o livro, fechou os olhos e até hoje ela espera pelo sono. Esperava, porque não espera mais. O despertador tocou e ela pôde ver que já eram quase sete da manhã, mas ainda não havia amanhecido. O que tinha acontecido, afinal? O céu ainda estava tão escuro quanto na noite passada. É, talvez fosse ficar assim por mais algum tempo...

Pelo menos durante o tempo necessário para que ela pudesse vê-los sorrindo de novo.

O Sopa ganhou selinho :)

"Regras deste selo: Esse é o Troféu do Amigo! Esses blogs são extremamente charmosos. Esses blogueiros têm o objetivo de se achar e serem amigos. Eles não estão interessados em se auto promover. Nossa esperança é que quando os laços desse troféu são cortados ainda mais amizades sejam propagadas. Entregue esse troféu para oito blogueiros(as) que devem escolher oito outros blogueiros(as) e incluir esse texto junto com seu troféu!!!"

Indicados:

O oitavo e último dedicaria ao Cabaret mais quente do momento, mas não sei se um selo tão delicado ficaria bem na parede de um lugar de macho. Falando nisso, quero a minha cópia autografada do Manual, hein? :P


Aêaêaê! Muuito obrigada, Lah. O primeiro selo a gente nunca esquece! ;) A propósito, aqui vai o link para quem quiser dar um pulinho lá no blog dela: http://lahnyc.blogspot.com/
Também queria agradecer a todos que comentaram no último (e inútil) post. Embora ainda não tenha tido a oportunidade de conhecer um pouquinho mais sobre a maioria, as palavras de incentivo me fizeram tão bem que vocês nem imaginam. Enfim, o dia hoje não foi nada fácil. Já chorei tudo o que tinha de chorar, mas acho que ainda choro um pouco mais; já tirei uma nota muito medíocre na prova de química; já recebi o abraço daquele que só se torna mais e mais especial para mim; já percebi que daria o mundo só para não vê-lo sofrer assim. Brigada mesmo, gente. De coração.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

. . .

Chorar para não morrer afogada e calar para não morrer atolada.


gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira gira virou de ponta cabeça.




Tempo ao tempo, tempo a mim.
Ignorem o post inútil, de qualquer forma.