O que te faz sofrer? Quem dera saber, pra te tirar daqui, te levar pro lar, te levar pro mar. Um lar a beira mar. Um Lara beir Amar. Porque você é meu prodígio, a minha poesia solta. E eu, a tua prosa presa. O que te faz sofrer? Tudo que sei que a dor é música. E essa dor não é só sua... Você sabe, né? Sua dor, minha dor. E a reciprocidade é inegável, mútua: um ciclo. E ciclos não têm fim. E é por isso, porque nós não temos fim, sempre assim. E, como em todo ciclo, o começo também se perde pelo simples fato de termos a certeza de que aquilo já estava escrito. Escrito pelos dedos de Deus, no colorido das tuas asas. Asas que vieram me salvar - de mim mesma, inclusive. Asas que vieram me estapear quando isso é preciso, mas, acima de tudo, me dar amor. Muito amor. E como esquecer do mais importante? Asas que me levam pra liberdade do que é ser sem medo, coisa que eu aprendi a fazer, a ser, a sentir com você. A liberdade de ser quem se é, sem medo do que acham que você seja... E então, o que te faz sofrer? Seja lá o que for, deixe-me ser hoje, amanhã e pra todo o sempre a sua cura, a sua redenção.
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Fragmentos meus e da Jô, do Pequena Pra Quem Vê.